sábado, 16 de agosto de 2014

Mais um caso de Furto por funcionário dos CORREIOS.


14/08/2014 12h57 - Atualizado em 14/08/2014 19h05 - Créditos portal G1

PF apreende no DF pergaminhos de 1600 e selos furtados dos Correios

Produtos integravam coleção rara de morador de GO; homem foi preso.
Agentes investigam o envolvimento de outras pessoas no crime.

Do G1 DF
Pergaminho apreendido pela Polícia Federal em shopping de Brasília (Foto: Polícia Federal/Divulgação)Pergaminho raro apreendido pela Polícia Federal em shopping de Brasília (Foto: Polícia Federal/Divulgação)
A Polícia Federal prendeu um homem em um shopping de Brasília portando selos e pergaminhos raros que haviam sido furtados de duas encomendas de uma agência dos Correiosem Gôiania (GO), onde trabalhava, na terça-feira (12). De acordo com a corporação, algumas das unidades são do ano 1600 e “possuem inestimável valor histórico”. A coleção está avaliada em R$ 200 mil.
Os produtos foram furtados em dezembro de 2013 e integram o acervo particular de um colecionador. A coleção chegou a ser premiada pelo World Stamp Exhibition em 2013 por causa da singularidade.
A PF não soube informar o número de itens apreendidos nem o conteúdo deles. Eles foram informados pela superintendência goiana de que havia uma suposta venda de selos no centro de compras. Os agentes fizeram campana no local e suspeitaram do homem, que carregava um volume compatível com o dos objetos furtados.
Selos furtados apreendidos pela Polícia Federal em Brasília (Foto: Polícia Federal/Divulgação)Selos furtados apreendidos pela Polícia Federal em Brasília (Foto: Polícia Federal/Divulgação)
A polícia informou que ele continua na superintendência do DF, sem previsão de transferência. A investigação prossegue para identificar os demais envolvidos no crime.


Dinheiro antigo achado em mala de SC pode comprar 114 quilos de feijão


Cruzados, cruzeiros e cruzeiros novos estavam em casa de São Bonifácio.

Avaliação foi feita por economista catarinense, com base no valor da época.

Do G1 SC
Mirta Roth encontrou dinheiro sem valor atual (Foto: Reprodução/RBSTV)Mirta Roth encontrou mala cheia de dinheiro sem valor monetário atualmente (Foto: Reprodução/RBSTV)
Depois de ter pensado que o avô teria escondido uma fortuna em uma mala encontrada dentro de um guarda-roupa, uma catarinense de São Bonifácio, Grande Florianópolis, descobriu que o montante não valia tanto quanto esperava. Em 2014, durante uma faxina na casa da mãe, Mirta da Silva encontrou milhares de notas de cruzeiros, cruzados e cruzados novos dentro do recipiente de couro que estava em um guarda-roupa.
Ao todo, na mala, estavam 1.390.105 cruzeiros, 35.650 cruzados e 100 cruzados novos. Nesta sexta-feira (15), a neta descobriu que a família nunca ficaria rica com as economias do avô - o valor monetário dos cruzados compraria apenas 114 quilos de feijão na época e, com os cruzeiros, não seria possível adquirir nem um carro.
Mirta diz ter ficado "indignada" ao ver que o dinheiro havia sido acumulado por tanto tempo pelo avô, Nicolau, que era comerciante. "A gente dizia [para ele]: 'dá um dinheirinho pra mim?'. 'Nada, nada, nada disso ele dizia'. 'Vovô não tem dinheiro. Falta, não tem", ele dizia", recorda a neta.
Poder de compra
Procurada pelo G1 nesta sexta, a neta soube pela primeira vez do que o dinheiro poderia comprar na época. Com os cruzados, por exemplo, segundo a economista Janypher Marcela Inácio, compraria, no máximo, 114 quilos de feijão em 1988. "Já daria pra tirar um pouco o 'pé do lodo'. Já me ajudaria muito ou, pelo menos, iria comer bem", brincou Mirta.
A compra de feijão em um mercado foi a avaliação mais precisa feita pela economista. Em 1988, o preço tabelado médio do quilo da leguminosa era de 312 cruzados. Com a quantidade de dinheiro que havia na mala, seria possível comprar aproximadamente 114 quilos do alimento. Pensando o preço médio do feijão preto em 2014 como R$ 5, o poder de compra do montante guardado em cruzados equivaleria hoje cerca de R$ 570.
Dinheiro antigo foi guardado pelo avô de Mirta (Foto: Reprodução RBS TV)Dinheiro antigo foi guardado pelo avô de Mirta
(Foto: Reprodução RBS TV)
"O cálculo é dificil por causa da hiperinflação do período e da troca de moedas muito rápido. Além do mais, não temos a época exata que ele foi guardado. O cruzeiro, por exemplo, foi utilizado em três períodos diferentes (1970 a 1984, 1984 a 1989 e 1990 a 1993), com valor de compra diferente em cada", afirma a economista. Por isso, valorar exatamente o poder de compra na época fica difícil, segundo a Janypher.
Com a quantidade de cruzeiros que possuía, considerando a última fase de circulação da moeda, na década de 1990, o avô não conseguiria sequer comprar um carro. A economista cita como exemplo um Gol GTI - modelo de carro esportivo -, que valia 307,3 milhões de cruzeiros na época. Considerando o valor que havia na mala, 1.390.105 cruzeiros, a família precisaria pagar 222 parcelas deste valor para adquirir o automóvel, ou seja, seriam 18 anos de economia.
Mesmo assim, a herdeira não se conforma com o dinheiro guardado por tanto tempo. "Se hoje meu avô tivesse vivo, eu tiraria satisfações com ele", ri a neta.

Créditos - Portal G1